Alimentação

Por que tanta gente é contra mascar chicletes?

Chicletes – Do prazer à dor

Chiclete é uma substância mastigável, frequentemente aromatizada e adoçada, feita geralmente a partir da seiva da árvore do sapotizeiro (Manilkara zapota) ou outros materiais base. O ato de mastigar chiclete tem origem em antigas civilizações, com evidências de várias culturas antigas, como os astecas, gregos e maias, utilizando resinas de plantas mastigáveis. Conhecido também como goma de mascar ou pastilha elástica, o chiclete é um produto popular consumido em todo o mundo, principalmente por seu sabor agradável e propriedades de mascar. Sua composição inclui uma base de goma, açúcar, corantes, aromatizantes e, ocasionalmente, adoçantes artificiais.

O chiclete é uma presença frequente em nosso cotidiano. Disponível em uma diversidade de sabores, cores e embalagens atrativas, muitas vezes é associado à sensação de frescor e limpeza bucal. Entretanto, por trás dessa aparente inocuidade, encontram-se diversos prejuízos à saúde decorrentes do consumo excessivo de chiclete.

Para alguns, o chiclete ajuda a aliviar o estresse
Para alguns, o chiclete ajuda a aliviar o estresse.
  1. Cáries dentárias: O alto teor de açúcar em muitos chicletes pode contribuir para o desenvolvimento de cáries dentárias, especialmente quando o açúcar fica em contato prolongado com os dentes durante a mastigação.
  2. Erosão do esmalte dentário: A ação de mastigar chicletes pode levar à erosão do esmalte dos dentes, tornando-os mais suscetíveis a danos e cáries.
  3. Distúrbios metabólicos: O consumo regular de adoçantes artificiais em chicletes sem açúcar pode estar associado a distúrbios metabólicos e aumentar o risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2.
  4. Disfunção da articulação temporomandibular (ATM): A mastigação frequente e prolongada de chicletes pode exercer pressão adicional sobre a ATM, levando ao desenvolvimento de problemas como a disfunção da ATM, resultando em dor na mandíbula e dificuldade ao mastigar.
  5. Dependência psicológica: O consumo excessivo de chicletes pode levar a uma dependência psicológica do produto, especialmente quando usado como uma forma de lidar com o estresse, a ansiedade ou a vontade de comer.
  6. Problemas bucais a longo prazo: Além dos problemas imediatos, como cáries e erosão do esmalte, o hábito de mastigar chicletes pode levar a problemas bucais mais graves a longo prazo, como desgaste do esmalte dentário e problemas na articulação temporomandibular.
  7. Distúrbios gastrointestinais: O excesso de ar engolido durante a mastigação de chicletes, juntamente com os adoçantes artificiais, pode contribuir para distúrbios gastrointestinais, como inchaço, gases e até mesmo diarreia.
  8. Riscos para o revestimento do estômago: Mastigar chicletes com o estômago vazio pode aumentar a produção de ácido gástrico, potencialmente danificando o revestimento do estômago e contribuindo para problemas como a gastrite.
  9. Possibilidade de bloqueio intestinal: Engolir chicletes pode levar a problemas gastrointestinais, uma vez que o organismo não pode digerir a base do chiclete, podendo causar um bloqueio intestinal em casos mais graves.
  10. Problemas digestivos:
    A mastigação constante de chicletes pode causar uma série de problemas digestivos devido à introdução excessiva de ar no sistema digestivo. Isso pode levar à formação de gases, inchaço e desconforto abdominal. Além disso, o hábito de mastigar chicletes pode estimular o corpo a produzir mais suco gástrico, o que pode irritar o revestimento do estômago e contribuir para o desenvolvimento de úlceras. A ingestão frequente de adoçantes artificiais presentes nos chicletes também pode ter um impacto negativo na saúde digestiva, desencadeando sintomas em pessoas sensíveis ou predispostas a condições como a doença inflamatória intestinal.

A história do chiclete é fascinante e remonta a muitos séculos atrás, embora o chiclete moderno que conhecemos hoje tenha evoluído principalmente nos últimos 150 anos:

  1. Origens Antigas: O ato de mascar substâncias naturais remonta a antigas civilizações. Civilizações antigas na Grécia, na Ásia e nas Américas usavam resinas de várias árvores, como a resina de lentisco, para mascar, como forma de limpar os dentes e refrescar o hálito.
  2. Chiclete Primitivo: Os povos nativos das Américas, como os astecas e os maias, mascavam uma substância semelhante ao que conhecemos como chiclete hoje. Eles mastigavam a seiva de uma árvore chamada sapotizeiro ou chicle, uma prática que os exploradores europeus observaram e mais tarde adotaram.
  3. Introdução na Europa: Quando os exploradores europeus chegaram às Américas, testemunharam a prática de mascar a seiva do chicle. Essa prática logo se espalhou pela Europa, onde a seiva de outras árvores, como o abeto, foi usada para mascar.
  4. Invenção do Chiclete Moderno: O verdadeiro ponto de viragem na história do chiclete ocorreu no século XIX, quando um americano chamado Thomas Adams experimentou a seiva de chicle em busca de uma alternativa barata ao látex. Embora seu objetivo fosse criar borracha, ele percebeu que a seiva poderia ser mastigada e teria potencial comercial como uma espécie de doce. Em 1869, ele começou a vender chiclete como um produto por si só.
  5. Chiclete como Produto Popular: O chiclete ganhou popularidade rapidamente nos Estados Unidos, principalmente após a introdução de sabores adicionados, como hortelã e frutas. Empresas como a Wrigley e a Beech-Nut começaram a produzir chicletes em grande escala e a promovê-los como um doce refrescante e uma ajuda à saúde bucal.
  6. Desenvolvimentos Tecnológicos: No século XX, avanços tecnológicos na produção de chiclete permitiram a criação de gomas mais elásticas e duradouras, além da adição de sabores mais complexos e embalagens mais práticas.
  7. Diversificação e Popularidade Global: O chiclete se tornou um produto global, com uma infinidade de marcas e sabores disponíveis em todo o mundo. Além de servir como um doce para mastigar, o chiclete também foi comercializado com alegações de benefícios para a saúde bucal e até mesmo para ajudar na concentração e no alívio do estresse.
  8. Inovações Contemporâneas: Nos tempos modernos, o chiclete continuou a evoluir com o desenvolvimento de produtos como chiclete sem açúcar, chiclete com ingredientes naturais e até mesmo chiclete funcional, enriquecido com vitaminas, cafeína ou outros compostos.

Em suma, a história do chiclete é uma jornada fascinante que começa nas antigas civilizações e continua a evoluir até os dias de hoje, onde se tornou um dos produtos de consumo mais populares em todo o mundo.